Tuesday, February 12, 2008

Mãos cheias de vento


Cacimba-me a vida
nesta tarde de Maio
Verdeja a dor
e a alegria do vento
faz-me estremecer
Enfeitando outras bocas
o sorriso olha-me de soslaio
sem querer saber de mim

De saudade será o verso quando amanheça a vida, soando como lamento.

Esperei por ti, mas apenas escutei o silêncio, tinhas o rosto cansado e as mãos vazias... Ouvi o vento com os sons da nostalgia, soprava suave, sem folhas em rodopio. Perguntei-lhe donde vinha e se cedo partiria e uma vez mais se calou a palavra sempre. Senti um arrepio. A morte chegou em vida, com as mãos cheias de nada.

0 comments: