Tuesday, February 12, 2008

GAIVOTA


Bem vinda a minh'alma,
bem vinda às minhas praias
Bendita seja a tua sede,
que te trouxe até mim
depois da tormenta.
Vento sul da minha vida,
que ao chegares ferida
te curei no meu remanso.
Gaivota branquíssima,
quero ser água clara para ti,
sede oceânica.
Quando sarem tuas asas,
aumentará o meu medo
que ao sabor do vento,
embalando teu voo
partas à meia-noite.
Não vou deter-te,
apenas te rogo que esperes a alvorada,
para te ver mais branca,
gaivota branquíssima,
noiva do mar e do céu.
Encherei meus olhos
com o azul cálido
quando tiveres partido.
E ainda que nunca mais voltes,
sei que por ti esperarei
branquíssima gaivota.
Com água doce, gaivota,
com água doce te esperarei,
gaivota,
com água doce...



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