se pudesse ainda colher de teu ventre a fragrância rubra das acácias
teria ainda benevolência para digerir o compêndio das frases
douradas
que cativam a orla do tempo
se pudesse ainda sentir em deitada areia brisa em cada instante de
amor
convocaria o surrealismo de meu âmago e deixar-me-ia
sequestrado
quiçá entorpecido na silhueta de teus lábios quão belos são meus
depositando flores e suores em teu prado por ti por mim por nós
e por vós
para que nossos dias forjassem um novo edifício no sémen da
Pátria
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