É sempre um caos, o dia em que viajo. Desta vez foi bem pior porque no mesmo dia fiz 2 voos.
Fui fazer o check-in no Hotel Malongo às 05:45am e cerca de 1 hora depois rumamos a Cabinda. Apetecia-me dormir mas os saltos do autocarro jogavam-me contra a janela e de pouco me valeu a carrada de cansaço que tinha dentro de mim.
Chegamos ao aeroporto por volta das 8 e de imediato nos mandaram entrar para o Dash 8 que já estava prontinho à nossa espera.
Dormi cerca de 40 minutos e acordei quando senti que o avião já estava a descer para Luanda. Ficamos em fila de espera para a aterragem, demos umas duas voltas em espiral e por fim lá conseguimos pousar na pista principal, a 23, se a memória não me atraiçoa, o que nos valeu mais cerca de 15 minutos na escapatória antes de finalmente rolarmos até ao parking.
As famosas filas intermináveis de trânsito esperavam-me mesmo ali, desde o terminal das chegadas internacionais no 4 de Fevereiro, sem ponta de asfalto livre à nossa frente. Quase uma hora durou o percurso desde o aeroporto até ao Bairro Azul. Foi chegar a casa e ir a correr ao banco para levantar kumbu e tratar de mais uns detalhes. Almocei com o meu cunhado e a minha mãe e quase nem me lembro de como cheguei à minha caminha para uma reparadora siesta. Embalei a dormir até o telemóvel tocar, por volta das 4 da tarde, com o Valter a anunciar que me iria buscar dali a uma hora para me levar de novo para o aeroporto.
O check-in para Lisboa só abre às 18:00 mas é sempre mais seguro chegar um pouco antes por causa das bichezas e também porque à quinta-feira parte o Houston Express, apinhando por completo o já pequeno 4 de Fevereiro. Encontrei imensos colegas enquanto fumava cá fora uns cigarritos, durante aquela hora que mediou a minha chegada e a abertura do check-in. Os mosquitos eram aos milhões, esvoaçando sobre as nossas cabeças e atacando os mais branquinhos que se enchiam de repelentes com cheiros horrorosos.
O tempo passou num instante e quando chegou a minha vez, pedi à assistente um lugar à janela. Tenho que vir a espreitar o tempo todo e quem me vir fica com a certeza que nunca andei de avião tal é a excitação e curiosidade com que observo o que a vista alcança da janelinha do avião. Desta vez, como da última, foi um 747 da South African Airlways em vez dos novinhos Boeing 777 da TAAG lá estão a enferrujar-se no aeroporto, esperando que seja levantada a proibição de voarem para a Europa.
As tripulações de cabine são mistas (TAAG e SAA), mas os camionistas do ar são da companhia sul-africana. Já viajei, em voos DT camuflados, na Air Comet e na Middle East Airlines e o procedimento é exactamente igual. Valha-nos isso, porque o pessoal de cabine da TAAG é uma ternura para os passageiros.
Às 21 horas ouvimos a chamada de embarque e uns minutinhos antes das 22 lá se apagaram as luzes de cabine e o monstro começou a rolar em direcção à pista principal.
Tudo isto para vos dizer que a revista de bordo da TAAG, Austral, meticulosamente metida em cada bolsa à nossa frente, tem sempre umas reportagens ricas em imagens e conteúdo sobre Angola e outros países. Desta vez os meus olhos quedaram-se nas Viagens no Tempo, sobre o Cine-Teatro Monumental de Benguela. Emocionei-me ao vê-lo ali à minha frente e milhentas recordações me passaram pela cabeça a 100 à hora, como uma bobine de película desgovernada e desatei a rir à séria. A senhora ao meu lado perguntou se estava bem e mostrei-lhe do que me ria. Claro que não percebeu patavina, porque eu apenas apontava para a foto das escadas que conduziam ao balcão sem conseguir articular uma palavra tal era a risada.
Levantei-me para tirar os óculos da mala e o supervisor de voo, usual companheiro de viagem, fez-me o upgrade de classe o que me proporcionou dormir grande parte do voo, esticada ao comprido, numa poltrona mais que suficiente para uma 1/2 leka como eu. Uma cortesia a que já me acostumaram, de certa maneira para compensarem o facto de a TAAG não ter cartão de milhas e também porque se fartam de me ver para cá e para lá quase todos os meses.
A seguir ao jantar, que estava uma delícia, saquei da minha agenda e comecei a tomar notas sobre o que o Monumental me fez recordar, para mais tarde poder contar as aventuras que vivi com a irmã Cristina e os meus primos, Rui e Zé Manuel, no velho Cine.
Antigamente, o 2º período escolar terminava em finais de Fevereiro para só recomeçar em Abril porque tínhamos férias em Março (o mês mais quente do ano em Angola).
A minha avó tinha que trabalhar mas não prescindia de ter os netos com ela nesse mês. Proporcionava-nos momentos maravilhosos, lautos mata-bichos de garfo e faca, praia das 8 às 11, sesta obrigatória até ás 14:00, 1 hora de estudo e as brincadeiras na rua durante umas 2 horas (sempre vigiados pela Olímpia, primeiro e depois pela Domingas), o 2º banho e finalmente o jantar.
Todos os dias o menu era escolhido por um de nós de modo a podermos comer o que mais gostávamos. O meu prato preferido era carne assada, com os acompanhamentos habituais que eram imensos, arroz de manteiga, batatas coradas, couves de Bruxelas, feijão verde guisado e ovos mexidos. Ao lanche, nunca faltavam a paracuca e o pé de moleque, divinalmente feitos pela Domingas.
O avô adorava estar entre nós e durante aquele mês quase nunca ia com a avó para lhe fazer companhia na sua jornada. Estava muito calor e a doença de Parkinson dificultava-lhe bastante os movimentos. O Afonso, mais conhecido por Ganso, que estava sempre com ele para evitar que caísse, juntava-se à Domingas e à Olímpia que nos vigiavam como sombras onde quer que estivessemos, na praia, nas brincadeiras no passeio à volta de casa com os nossos amigos e dentro de casa onde não tinhamos permissão para deixar nada desarrumado, incluindo os brinquedos e jogos (monopólio e lotto).
Como sempre tive uma panka por tudo o que tivesse rodas, o meu passatempo favorito era andar de kart, que eu própria fiz com a ajuda do Papagaio (o namorado da Olímpia) e uns rolamentos velhos que consegui negociar numa oficina que havia no bairro da Peça. O resto, era uma selha desmantelada, pregos, parafusos, corda e o estofo de uma cadeira desengonçada que subtraí da arrecadação ao fundo da garagem. O Zé Mesquita era o meu empurra e quase sempre conseguia ficar em 1º lugar. Nem vos passa pela cabeça o barulho que faziam os rolamentos sobre os quadrados de cimento com reentrâncias que cobriam os passeios. O mais horroroso ainda era o eco que aquilo provocava devido à proximidade dos muros das casas do bairro da CUF, quase junto à estação na Av. Marechal Carmona.
A seguir ao jantar, que estava uma delícia, saquei da minha agenda e comecei a tomar notas sobre o que o Monumental me fez recordar, para mais tarde poder contar as aventuras que vivi com a irmã Cristina e os meus primos, Rui e Zé Manuel, no velho Cine.
Antigamente, o 2º período escolar terminava em finais de Fevereiro para só recomeçar em Abril porque tínhamos férias em Março (o mês mais quente do ano em Angola).
A minha avó tinha que trabalhar mas não prescindia de ter os netos com ela nesse mês. Proporcionava-nos momentos maravilhosos, lautos mata-bichos de garfo e faca, praia das 8 às 11, sesta obrigatória até ás 14:00, 1 hora de estudo e as brincadeiras na rua durante umas 2 horas (sempre vigiados pela Olímpia, primeiro e depois pela Domingas), o 2º banho e finalmente o jantar.
Todos os dias o menu era escolhido por um de nós de modo a podermos comer o que mais gostávamos. O meu prato preferido era carne assada, com os acompanhamentos habituais que eram imensos, arroz de manteiga, batatas coradas, couves de Bruxelas, feijão verde guisado e ovos mexidos. Ao lanche, nunca faltavam a paracuca e o pé de moleque, divinalmente feitos pela Domingas.
O avô adorava estar entre nós e durante aquele mês quase nunca ia com a avó para lhe fazer companhia na sua jornada. Estava muito calor e a doença de Parkinson dificultava-lhe bastante os movimentos. O Afonso, mais conhecido por Ganso, que estava sempre com ele para evitar que caísse, juntava-se à Domingas e à Olímpia que nos vigiavam como sombras onde quer que estivessemos, na praia, nas brincadeiras no passeio à volta de casa com os nossos amigos e dentro de casa onde não tinhamos permissão para deixar nada desarrumado, incluindo os brinquedos e jogos (monopólio e lotto).
Como sempre tive uma panka por tudo o que tivesse rodas, o meu passatempo favorito era andar de kart, que eu própria fiz com a ajuda do Papagaio (o namorado da Olímpia) e uns rolamentos velhos que consegui negociar numa oficina que havia no bairro da Peça. O resto, era uma selha desmantelada, pregos, parafusos, corda e o estofo de uma cadeira desengonçada que subtraí da arrecadação ao fundo da garagem. O Zé Mesquita era o meu empurra e quase sempre conseguia ficar em 1º lugar. Nem vos passa pela cabeça o barulho que faziam os rolamentos sobre os quadrados de cimento com reentrâncias que cobriam os passeios. O mais horroroso ainda era o eco que aquilo provocava devido à proximidade dos muros das casas do bairro da CUF, quase junto à estação na Av. Marechal Carmona.
Num desses dias de intenso barulho dos karts, a Mikas (a malvada indiana que vivia no rés-do-chão da casa dos meus avós) começou a ameaçar a Cristina e o Zé Manel que ia chamar os cipaios para baterem na Olímpia, como se a desgraçada fosse a culpada do baskeiro que fazíamos. A Cristina não esteve com meias medidas e atirou um pau contra a janela da sala da Mikas que quebrou o vidro e ficou lá espetado. A estúpida da indiana pensou que era um ataque terrorista e vai de começar aos gritos, acudammmmmmmmm que me vão matar!!! Ninguém lhe ligou importância, tampouco o pai que vivia com ela.
De vez em quando, escapava-me do controlo apertado do corpo de intervenção e ia até à passagem de nível sacar do comboio, que passava lento que nem uma lesma, umas mandiocas que adorava roer e uns paus de cana de açúcar que depois a Domingas descascava para chuparmos. Outras vezes, tirava a bicicleta que havia na garagem, meio de transporte que o Ganso utilizava para ir aos Correios e à Fazenda Pública comprar os valores selados que a avó vendia na tabacaria e embrenhava-me no bairro da Peça até à sanzala onde tinha muitos amigos. O pai de um deles ensinou-me a fumar cachimbo e a fazer scubidus. Um dia, não dei pelo tempo passar e quando cheguei a casa a avó aqueceu-me as bochechas.
O avô dava 5$00 a cada um, o suficiente para comprarmos um rajá e Bazookas ou apenas uma merenda. Em troca, pedia-nos uvas ou pêssegos que vinham da África do Sul e nós, inconscientes, fazíamos-lhe a vontade e tirávamos do frigorífico para lhe dar. Digo inconscientes porque o avô era diabético, insulino-dependente. Depois do jantar, que acontecia às 19:00 em ponto, a avó contava-nos imensas histórias, reais e fictícias, que nos grudavam ao chão à sua volta até serem horas da deita.
Dia sim, dia não, podíamos ir ao Monumental ver o filme em cartaz (se fosse adequado à nossa idade), acompanhados da Domingas e do Sr. Mesquita.
A tabacaria da minha avó ficava na Avenida Marechal Carmona, 2 portas acima da alfaiataria Mesquita, mesmo em frente à Lusolanda. Para fazer mais uns cobres, o Sr. Mesquita era porteiro do Monumental e não se importava de nos levar e trazer no seu carro e jogar um olho ao nosso comportamento durante a soirée. O Zé, o filho mais novo, também ia connosco.
A Cristina e eu, nunca levávamos nada a não ser um lenço de bolso e as Bazookas com as quais fazíamos altas bolas. Os lenços eram para esfregarmos os lábios que ficavam cheios da goma dos balões enormes que soprávamos até rebentarem, com imenso estrondo. O Zé Manel levava um conjunto de canetas de feltro (que tinham aparecido na altura) e que encaixavam umas nas outras, parecendo um stick. O Rui, defensor das primas, levava um cabide em madeira com a travessa comprida, qual mosqueteiro de trazer por casa. Nem sei como conseguia andar ou sentar-se no carro do Mesquita, com o cabide metido dentro das calças.
A risada começava no instante em que nos metíamos no carro porque o banco traseiro não era estofado e quase sempre nos magoávamos porque esquecíamos esse detalhe. Era uma excitação, gritávamos, pintávamos a manta e quase partíamos o banco cada vez que o Mesquita cometia uma aselhice, o que acontecia a cada segundo. Não estávamos nem aí, se houvesse um acidente melhor seria a noite. Cambada de irresponsáveis!!!
Ficávamos sempre no balcão, o mais acima possível e longe de olhares indiscretos porque queríamos fazer disparates. O relato acontecia sempre, ória nu teu trás, aiuê méu Deuz, akaaaaaa!!! imitando o que ouvíamos vindo da plateia, de acordo com a situação e o género de filme que estava a ser projectado.
O avô dava 5$00 a cada um, o suficiente para comprarmos um rajá e Bazookas ou apenas uma merenda. Em troca, pedia-nos uvas ou pêssegos que vinham da África do Sul e nós, inconscientes, fazíamos-lhe a vontade e tirávamos do frigorífico para lhe dar. Digo inconscientes porque o avô era diabético, insulino-dependente. Depois do jantar, que acontecia às 19:00 em ponto, a avó contava-nos imensas histórias, reais e fictícias, que nos grudavam ao chão à sua volta até serem horas da deita.
Dia sim, dia não, podíamos ir ao Monumental ver o filme em cartaz (se fosse adequado à nossa idade), acompanhados da Domingas e do Sr. Mesquita.
A tabacaria da minha avó ficava na Avenida Marechal Carmona, 2 portas acima da alfaiataria Mesquita, mesmo em frente à Lusolanda. Para fazer mais uns cobres, o Sr. Mesquita era porteiro do Monumental e não se importava de nos levar e trazer no seu carro e jogar um olho ao nosso comportamento durante a soirée. O Zé, o filho mais novo, também ia connosco.
A Cristina e eu, nunca levávamos nada a não ser um lenço de bolso e as Bazookas com as quais fazíamos altas bolas. Os lenços eram para esfregarmos os lábios que ficavam cheios da goma dos balões enormes que soprávamos até rebentarem, com imenso estrondo. O Zé Manel levava um conjunto de canetas de feltro (que tinham aparecido na altura) e que encaixavam umas nas outras, parecendo um stick. O Rui, defensor das primas, levava um cabide em madeira com a travessa comprida, qual mosqueteiro de trazer por casa. Nem sei como conseguia andar ou sentar-se no carro do Mesquita, com o cabide metido dentro das calças.
A risada começava no instante em que nos metíamos no carro porque o banco traseiro não era estofado e quase sempre nos magoávamos porque esquecíamos esse detalhe. Era uma excitação, gritávamos, pintávamos a manta e quase partíamos o banco cada vez que o Mesquita cometia uma aselhice, o que acontecia a cada segundo. Não estávamos nem aí, se houvesse um acidente melhor seria a noite. Cambada de irresponsáveis!!!
Ficávamos sempre no balcão, o mais acima possível e longe de olhares indiscretos porque queríamos fazer disparates. O relato acontecia sempre, ória nu teu trás, aiuê méu Deuz, akaaaaaa!!! imitando o que ouvíamos vindo da plateia, de acordo com a situação e o género de filme que estava a ser projectado.
Lembro-me de pelo menos 3 filmes que me ficaram na memória, As 4 Penas Brancas, Música no Coração (também o predilecto da Joana) e A Ponte sobre o Rio Kwai.
Quando havia filmes do Cantinflas, o Monumental quase vinha abaixo com tanta gargalhada.
Antes do filme começar projectavam uns documentários sobre Portugal Continental e as Províncias, mostando amiude o embarque das tropas portuguesas para o Ultramar, no cais de Alcântara. Depois havia um curto intervalo que o Rui aproveitava para bramir a sua espada e o Zé Manel o seu stick, que ficava sempre desmantelado porque eu lhe dava uns abanões. Já sabia que eu era a mestra das partidas, mas tentava sempre a sorte e depois amarrava o burro. Iamos ao bar comprar pipocas e bebíamos uma Carbo Sidral. Havia também a bebida de maçã da Canada Dry, mas aquela era a nossa preferida. A Domingas nunca permitia que cometessemos excessos nas porcarias que ingeríamos. Quanto ao resto, fechava os olhos e era um poço sem fundo.
Escada abaixo, escada acima, só parávamos quando soava de novo o aviso de recomeço de sessão. A Cristina ficava um pouco tonta com as nossas loucuras, mas lá nos acompanhava e ria às bandeiras despregadas com os disparates que fazíamos.
Quando chegávamos a casa o pagode continuava, em silêncio, para os avós não acordarem.
Muito teria ainda para contar, sobre o Monumental, as férias de Março na casa da avó e as coisas maquiavélicas que engendrava para pregar partidas a todos, adultos e crianças.
Antes do filme começar projectavam uns documentários sobre Portugal Continental e as Províncias, mostando amiude o embarque das tropas portuguesas para o Ultramar, no cais de Alcântara. Depois havia um curto intervalo que o Rui aproveitava para bramir a sua espada e o Zé Manel o seu stick, que ficava sempre desmantelado porque eu lhe dava uns abanões. Já sabia que eu era a mestra das partidas, mas tentava sempre a sorte e depois amarrava o burro. Iamos ao bar comprar pipocas e bebíamos uma Carbo Sidral. Havia também a bebida de maçã da Canada Dry, mas aquela era a nossa preferida. A Domingas nunca permitia que cometessemos excessos nas porcarias que ingeríamos. Quanto ao resto, fechava os olhos e era um poço sem fundo.
Escada abaixo, escada acima, só parávamos quando soava de novo o aviso de recomeço de sessão. A Cristina ficava um pouco tonta com as nossas loucuras, mas lá nos acompanhava e ria às bandeiras despregadas com os disparates que fazíamos.
Quando chegávamos a casa o pagode continuava, em silêncio, para os avós não acordarem.
Muito teria ainda para contar, sobre o Monumental, as férias de Março na casa da avó e as coisas maquiavélicas que engendrava para pregar partidas a todos, adultos e crianças.
Recordo com muita saudade alguns amigos que ainda hoje tenho tatuados na alma e na pele.
A Marlene e a Celeste que partiram cedinho, sem terem tido tempo de brincar e de crescer.
A Domingas, a Olímpia e o Afonso que nunca mais tornei a ver.
Os meus avós, pilares indestrutíveis da minha infância feliz e despreocupada.
A minha Benguela velhinha, da Praia Morena, do Sombreiro, das Acácias Rubras, do Bairro da Peça com travo a tambarino, mukua e cana de açúcar.
2 comments:
Obrigada por todas estas coisas lindas que partilhas.
Obrigada por seres assim.
Beijos com flores de acácias:-)
Obrigada, querida Amália.
Um beijinho com cheiro a maresia.
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