Gosto do céu porque não creio que ele seja infinito.
Que pode ter comigo o que não começa nem acaba?
Não creio no infinito, não creio na eternidade.
Creio que o espaço começa numa parte e numa parte acaba
E que agora e antes d'isso há absolutamente nada.
Creio que o tempo tem um princípio e tem um fim.
E que antes e depois d'isso não havia tempo.
Porque há-de ser isto falso? Falso é falar de infinitos
Como se soubessemos o que são, de os podermos entender.
Não: tudo é uma quantidade de coisas.
Tudo é definido, tudo é limitado, tudo é coisas.
Saturday, June 14, 2008
Caeiro, poema inédito, sem data
Posted by CBugarim at 7:25 PM
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
0 comments:
Post a Comment