Saturday, December 13, 2008

Cabinda




Wednesday, December 10, 2008

Malongo, pela objectiva de um colega













Tempo de reflexão



Esta é a altura do ano em que instintivamente o nosso subconsciente faz a rebobinagem do que nos aconteceu no passado recente e traça algumas metas para o futuro.
Detém-se no Pelourinho da Saudade e visita todos aqueles que perdemos ou deixámos que se afastassem da nossa vida.

No Beco do Rancor pára para "resolver" certas brigas que poderíamos ter evitado e que nos trouxeram alguns dissabores.

No Largo do Orgulho, senta-se para tirar aquelas "pedras no sapato" que facilitarão a nossa caminhada daqui para a frente.

No jardim da Felicidade, demora a ponta dos nossos dedos para de novo tocarem momentos que nos deixaram o coração pleno e a alma leve.

Na Viela da Solidariedade faz a promessa de abrir portas e janelas e multicolorir os estendais para encher de alegria aqueles que apenas têm a calçada e o céu como companhia.

Na Praça do Amor festeja termos sido acariciados pelo coração de todos aqueles que nos querem bem.

Na Alameda da Paz agradece o quinhão que coube à nossa Terra e pede uns quantos bocados mais para espalhar por esse mundo fora.

Na Avenida da Determinação promete nunca deixar a palavra SEMPRE dormir por tudo aquilo que é nossa obrigação lutar.
E agradece também à existência ter-nos permitido chegar até aqui...

Beijo sem Nome, de Ana Paula Lavado



Quando te disse que era da terra selvagem do vento azul e das praias morenas...
Do arco-íris das mil cores, do sol com fruta madura e das madrugadas serenas...
Das cubatas e musseques, das palmeiras com dendém,
das picadas com poeira, da mandioca e fuba também...

Das mangas e fruta pinha, do vermelho do café,
dos maboques e tamarindos, dos cocos, do ai u'é...

Das praças no chão estendidas com missangas de mil cores,
os panos do Congo e os kimonos, os aromas, os odores...

Dos chinelos no chão quente, do andar descontraído,
da cerveja ao fim da tarde, com o sol adormecido...

Dos merengues e do batuque, dos muxiques e dos mupungos,
dos embondeiros e das gajajas, da macanha e dos maiungos...

Da cana doce e do mamão, da papaia e do cajú...


Tu sorriste e sussurraste...
-
Sou da mesma terra que tu!