Não conseguia dormir à noite
e pus-me a escutar o vento
que diante da minha janela
contava mágicas lendas do mar
que embriagada pelo desgosto
saíu do mar em busca de alguém
que sem receios a pudesse amar.
daquele pobre pescador
que cansado de redes vazias
se tornou pirata benfeitor
da persistência do poeta
que todas a noites sem falhar
pára também para a escutar
o poeta está longe do mar
mas que a sua pele sabe a sal
como cheira a minha a ondas
Será que alguém o pode encontrar?
Se souberem do seu paradeiro
não deixem de me contar
5 comments:
na companhia de outros tantos
está no parque dos poetas
Todos eles rimam prantos
porque nunca foram férteis
Poetas que rimam prantos...
só por isso já são férteis!
E não serás tu poeta?
Até quando sonho
projecto para a acção
construo, faço, formo.
Não. Poeta não.
No fim tu hás-de vêr que as coisas mais leves são as unicas que o vento não conseguiu levar:
Um estribilho antigo
Um carinho no momento preciso
O folhear de um livro de poemas
O cheiro que tinha um dia o próprio vento.
Mário Quintanilha
Olá meu amigos,
Poeta é um artesão, apenas.
Um beijinho, Asperezas, Nuno e Amália. Voltem sempre.
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